Diástase abdominal em homens: o que é e como tratar

Conheça quais são as principais causas da diástase abdominal em homens e como é o diagnóstico e tratamento desse quadro

A diástase abdominal em homens consiste no afastamento dos músculos reto-abdominais em relação à linha alba.

Geralmente, considera-se como um afastamento anormal da musculatura casos nos quais há separação acima de 1,5 ou 2 cm, sendo então diagnosticada a diástase abdominal.

A diástase abdominal em homens está associada ao enfraquecimento dos músculos abdominais e ocorrências ou reincidências de hérnias na parede do abdômen. Saiba mais sobre o tema a seguir!

Causas da diástase abdominal nos homens

A diástase abdominal é mais comum em mulheres, especialmente no pós-parto. Entretanto, os homens também estão suscetíveis ao quadro que está associado a diferentes causas, como:

• Aumento da pressão intra-abdominal devido a prisão de ventre, especialmente quando associada ao enfraquecimento muscular;
• Crescimento abdominal excessivo devido ao ganho de peso e aumento da circunferência do abdômen;
• Tendência ao efeito sanfona com ganho e perda de peso sucessivamente;
• Trabalho braçal ou carregamento de peso sem o uso de equipamentos de proteção, especialmente da região abdominal e lombar;
• Realização de exercícios físicos intensos, especialmente aqueles que demandam mais esforço abdominal.

Portanto, a diástase abdominal em homens está relacionada principalmente à fraqueza muscular, esforço físico intenso e constante e ganho de peso ou obesidade.

Quais são os sintomas da diástase abdominal?

Devido às causas mais comuns da diástase abdominal em homens, o problema está associado à pressão global intra-abdominal.

Por conta disso, diferente das mulheres, cuja diástase concentra-se majoritariamente na parte do baixo ventre, nos homens, o esforço concentra-se abaixo das costelas e acima do umbigo.

Por conta disso, a diástase abdominal em homens manifesta-se frequentemente como “estômago alto”, na qual a diástase localize-se na parte superior do umbigo com uma aparente saliência no local.

Além da deformidade física, a diástase abdominal em homens pode ocasionar sintomas como:

• Prisão de ventre;
• Desconforto digestivo;
• Dor lombar e má postura;
• Flacidez abdominal;
• Fraqueza abdominal.

A presença desses desconfortos deve motivar a busca por um especialista para diagnóstico e tratamento do problema.

Como diagnosticar a diástase abdominal em homens?

Caso suspeite de diástase abdominal é possível fazer um teste em casa. Deite-se de barriga para cima e pressione os dedos médios cerca de 2 cm acima e abaixo do umbigo.

Se ao contrair o abdômen, sentir um afundamento com os dedos, é possível que seja um quadro de diástase. Em casos normais, os dedos tendem a subir um pouco com a contração. Esse teste caseiro, entretanto, não substitui em nenhuma hipótese a avaliação médica especializada.

O cirurgião plástico fará inicialmente o exame físico para verificar a presença de diástase e pode solicitar exames complementares, como a ultrassonografia, para confirmar o diagnóstico e verificar a extensão da diástase.

Quais são as opções de tratamento da diástase abdominal em homens?

A indicação de tratamento da diástase abdominal em homens varia de acordo com a complexidade e particularidades do caso. Algumas abordagens possíveis incluem:

• Revisão do estilo de vida, especialmente com perda de peso e realização de exercícios de fortalecimento muscular;
• Fisioterapia com exercícios abdominais específicos para ajudar no fechamento da musculatura reto-abdominal;
• Cirurgia de diástase abdominal, com o fechamento cirúrgico do espaço entre os músculos, caso haja incômodo estético elevado.

A cirurgia para correção da diástase pode ser associada à abdominoplastia, de forma a corrigir também o excesso de flacidez abdominal, o que é particularmente interessante para pacientes nos quais a diástase foi causada pelo peso.

A avaliação de qual conduta é a mais apropriada depende de fatores individuais, como intensidade da diástase, nível de desconforto, tipo de deformidade física e incômodos estéticos associados.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)