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Diástase abdominal
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Conheça quais são as causas da diástase abdominal, como descobrir se tem a condição e quais são as opções de tratamento disponíveis de acordo com a gravidade do caso

A diástase abdominal é uma condição na qual ocorre a separação, parcial ou total, dos músculos reto abdominais e do tecido conjuntivo em relação à linha alba ou linha nigra, que é localizada no centro do abdômen, em convergência com o umbigo.

Conhecida também como diástase dos músculos retos abdominais (DMRA), a condição pode causar alterações estéticas no abdômen e pode ser tratada com exercícios, fisioterapia e cirurgicamente. Entenda mais a seguir.

Possíveis causas da diástase abdominal?

A diástase abdominal é mais predominante em mulheres. Estima-se que até 60% do público feminino pode desenvolver a condição, em diferentes graus, ao longo da vida.

A causa primordial da diástase abdominal é a associação de fraqueza na parede abdominal com o excesso de pressão intra-abdominal. No entanto, a condição pode ocorrer com maior frequência por razões como:

  • Gravidez;
  • Gestação multigemelar;
  • Mais de uma gestação em um curto período;
  • Múltiplas cirurgias abdominais previas;
  • Musculação intensa, especialmente quando sem orientação adequada;
  • Obesidade abdominal.

A diástase abdominal também pode estar associada ao envelhecimento, uma vez que, com o passar dos anos, naturalmente ocorre um enfraquecimento muscular em várias partes do corpo.

Como saber se tenho diástase abdominal?

Uma forma de suspeitar se você tem diástase abdominal é por meio de um teste que pode ser realizado em casa.

Basta deitar-se de barriga para cima e contrair os músculos abdominais. Ao fazer isso, caso seja possível ver um espaço entre eles, pode ser que você tenha diástase abdominal.

Em pessoas com diástase abdominal, essa separação pode ter o espaço de três, quatro ou até mais dedos. Se a separação for maior que cinco centímetros, a diástase é considerada de grau elevado e mais difícil de reverter.

O diagnóstico é realizado por ultrassonografia de parede abdominal.

Sintomas da diástase abdominal

A separação excessiva dos músculos reto abdominais pode resultar em uma série de desconfortos estéticos e para saúde da mulher, que incluem:

  • Prisão de ventre;
  • Dispareunia, que consiste na dor durante relação sexual;
  • Fraqueza abdominal;
  • Dificuldade com atividades cotidianas, como caminhar e levantar peso;
  • Saliência abdominal, que pode se concentrar acima ou abaixo do umbigo;
  • Aumento da flacidez abdominal;
  • Dor lombar, pélvica ou no quadril, especialmente no pós-parto;
  • Incontinência urinária associada a esforço físico, como ao tossir ou espirrar;
  • Problemas digestivos, como constipação e desconforto abdominal, especialmente se a diástase abdominal for elevada.

Caso apresente alguns desses sintomas e perceba a separação da musculatura ao fazer o teste em casa, é importante buscar auxílio médico especializado.

Como diagnosticar a diástase abdominal

O diagnóstico da diástase abdominal deve ser feito por um médico em consultório e ultrassonografia. O especialista pode conduzir a manobra manual ao longo da linha alba para identificar a presença e intensidade da separação.

Além do exame físico, é comum a solicitação do exame de ultrassonografia para medição exata do problema. Assim, a partir da definição da gravidade da diástase abdominal, o especialista fará a indicação do tratamento mais efetivo para o caso.

Opções de tratamento para diástase abdominal

A prescrição do tratamento para diástase abdominal sempre vai depender da avaliação adequada por um especialista.

Exercícios

Em geral, quando a diástase abdominal é incômoda à paciente e a separação dos músculos não é elevada, a recomendação é a realização de exercícios de fortalecimento muscular abdominal.

Os exercícios também são importantes para a perda de peso, que, em pessoas com obesidade ou sobrepeso, também contribui na amenização da diástase.

É fundamental ter orientação especializada para realização dos exercícios, uma vez que práticas realizadas incorretamente podem, ao invés de melhorar, agravar o quadro.

Fisioterapia

A fisioterapia com foco no tratamento da diástase abdominal tem como principal objetivo o fortalecimento e alongamento da musculatura reto abdominais, do assoalho pélvico e da região lombar.

Essa abordagem é indicada para pacientes com grau médio de separação da musculatura abdominal e tem desconfortos variados associados à condição.

Cirurgia de diástase abdominal

A cirurgia para correção da diástase abdominal é indicada quando a separação dos músculos é superior a 5 centímetros, quando exercícios e fisioterapia não apresentarem resultados ou quando há incomodo estético associado.

A cirurgia, que deve ser feita por um cirurgião plástico, pode ser realizada com incisão aberta tradicional, que fica escondida na região da roupa íntima, ou por meio de videolaparoscopia. Quando a paciente relata insatisfações referentes à flacidez abdominal e depósitos de gordura, além da diástase, o cirurgião plástico pode recomendar a associação com a abdominoplastia e lipoaspiração.

O Dr. Edgar Lopez é um cirurgião plástico especialista em cirurgias do contorno corporal. Para saber mais da cirurgia de diástase abdominal associada à cirurgia plástica, entre em contato aqui.

Fontes:

MD Saúde

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica